Como o mobiliário afeta a percepção de qualidade de uma escola
Design

Mobiliário escolar é um fator importante quando o que se deseja são argumentos para atrair mais alunos.

O projeto pedagógico, metodologia, localização... são itens primordiais para diferenciar uma escola, contudo, infraestrutura e visual, ajudam a garantir e aumentar matrículas.

Gestores e equipe, muitas vezes não dedicam a mesma atenção para a estrutura física do espaço escolar que dispensam a outras áreas como a pedagógica. Outras vezes se deparam com a escassez de recursos para melhorar o ambiente educacional.

Indiferente dos motivos, é incontestável que o descuido com o mobiliário escolar e o ambiente da escola degradam a imagem do estabelecimento de ensino.

Para um coordenador pedagógico, a parte didática pode até ser mais importante. Entretanto, para o gestor que possui responsabilidades sobre todo o “corpo” escolar não é possível deixar de lado as questões relativas a infraestrutura.

Itens como mesas, cadeiras, bancadas, estantes, carteiras universitárias, entre outros podem provocar uma percepção negativa ou positiva dependendo de suas características, qualidade, design e conservação. Enfim, todo o mobiliário escolar contribui para a percepção dos alunos, pais, comunidade e docentes.

Neste artigo trataremos da infraestrutura escolar e mostraremos de que forma reavaliar e substituir o mobiliário pode ter um impacto relevante na imagem das instituições de educação.

Mobiliário escolar impede ou melhora o aprendizado?

Quem tem mais de 30 anos ao relembrar o tempo de escola, certamente recorda como era o mobiliário escolar. Geralmente posicionado em filas, com móveis escolares pesados, como se houvesse lá uma intenção implícita de impedir movimento e a criatividade.

Muitas coisas mudaram de lá até hoje. Um gestor, diretor acadêmico ou coordenador pedagógico, indiferente de do tipo de instituição de ensino, pode afirmar que as aulas atualmente devem primar pelo dinamismo.

Móveis escolares antigos e ultrapassados não instigam o fluxo para uma aula dinâmica e produtiva e ainda dificultam algumas qualidades essenciais que uma sala de aula deve proporcionar, como por exemplo:

  • Movimento;
  • Colaboração;
  • Personalização;
  • Criação.

Impedindo assim, uma experiência de aprendizagem mais completa, envolvente e eficiente.

Antigamente a maioria das carteiras e mesas escolares eram feitas para um único tipo de aluno. Ao invés de servir para um determinado espaço ou objetivo de aprendizado, o mobiliário escolar era padronizado com preocupações voltadas apenas para a fabricação e para o custo reduzido.

Hoje em dia, percebemos que os móveis escolares e a maneira como são dispostos na sala de aula, mandam uma mensagem bem clara aos estudantes e, consequentemente, aos pais.

Carteiras dispostas enfileiradas, demonstram uma clara tendência de aulas mais expositivas, que não estimulam a interação. Já, um layout de sala de aula, com mesas compartilhadas ou carteiras universitárias dinâmicas, evidencia que uma abordagem com trabalhos em grupo e mais interação serão propiciados no espaço.

Percebemos claramente que a disposição do mobiliário demonstra o currículo e a metodologia de aprendizagem que a entidade adota.

Mas, e se o mobiliário escolar estiver radicalmente diferente, diferente de tudo que eles conhecem? A percepção de qualidade da escola pelos alunos e pais certamente sofreria um upgrade, certo?

Vamos ver então como isto pode acontecer.

Como o gestor escolar pode inovar no mobiliário

Foto: Nguyen Ngoc - BY CC 2.0

Inovação é a palavra-chave para direcionar a escolha quando existe a necessidade de aquisição ou substituição de mobiliário escolar.

Porque como vimos anteriormente, o mobiliário escolar envia um ‘mensagem’ de que aquela instituição preza por um ambiente escolar convidativo, flexível, centrado no aluno e não convencional.

É possível encontrar no mercado móveis escolares que são flexíveis e diferenciados. Inclusive, alguns que são voltados a metodologias de aprendizagem e objetivos de ensino específicos.

Sejam mesas escolares compartilhadas, divisórias móveis, ou carteiras universitárias flexíveis, o importante é sempre ter as necessidades dos alunos e professores em primeiro lugar. Esta abordagem agrega valor, é extremamente positiva para a escola e facilitará a alcançar seus objetivos educacionais.

A influência do mobiliário no aprendizado – algo para se levar em conta

Foto: Nec Corp - BY CC 2.0

Nós vivemos em um país no qual a infraestrutura escolar é bastante deficitária, mesmo se comparado com outras nações de economia semelhante.

Ainda que a escola conte com um excelente diretor acadêmico, um projeto pedagógico consistente, professores dedicados e alunos motivados, uma infraestrutura inadequada pode atrapalhar o processo de ensino-aprendizagem.

Uma pesquisa de mestrado realizada na Universidade Federal de Juiz de Fora (link da dissertação), atesta que a má conservação do mobiliário escolar, assim como falhas na infraestrutura podem causar:

  • Abandono;
  • Baixo desempenho;
  • Evasão escolar;
  • Aumento da reprovação.

Uma estrutura pensada no aluno, que lhe conceda autonomia, implica de forma direta no interesse dele pela aula e pela escola. Em um ambiente acolhedor, o aluno se torna mais ativo e a escola um local mais atrativo e cativante, refletindo no seu aprendizado.

Neste contexto o ambiente escolar não se restringe apenas a sala de aula. A atenção à infraestrutura deve se estender a todos os espaços de apoio como:

  • Salas de vídeo;
  • Laboratórios de informática;
  • Espaços de convivência;
  • Auditórios;
  • Quadras de esportes;
  • Bibliotecas;
  • Laboratórios de ciências.

E todos os demais ambientes que compõem o espaço da escola.

Criar uma atmosfera estimulante e agradável é papel de todo bom gestor escolar. Pois afinal é lá que alunos irão passar a maior parte dos seus dias, durante vários anos de suas vidas.

É óbvio que a realidade econômica de cada instituição é diferente, mas economizar na hora de garantir os melhores móveis escolares pode ser um grande erro.

O que não pode ser esquecido na hora de adquirir mobiliário escolar

O primeiro ponto a se considerar ao selecionar o mobiliário escolar deve ser sua funcionalidade relacionada ao propósito educacional e a metodologia utilizada na instituição. O mobiliário deve colaborar para a efetiva aplicação do programa escolar.

A aparência deve também ser levada em consideração. Ou seja, deve-se evitar móveis escolares desinteressantes, padronizados, pesados visualmente que remetam a imagem da instituição a valores que não estão alinhados com a sua proposta.

Mesas e carteiras devem ser preferencialmente leves para serem manipuladas com facilidade, estimulando as mudanças de layout e propiciando conforto para os alunos.

Outro fator a se olhar é a durabilidade. Como são muito utilizados, móveis para espaços educacionais devem ser feitos de materiais resistentes, com bom acabamento e segurança.

A manutenção deve ser constante. Uma escola com seu mobiliário parecendo sempre novo chama atenção positivamente.

Também deve se considerar adquirir móveis escolares adaptados, para receber estudantes com deficiência. Esta não é nem uma questão de agregar valor, mas sim de consciência e responsabilidade social que deve estar presente na mente de todo gestor escolar.

A percepção de qualidade de uma instituição, tanto por pais quanto por alunos é afetada por todos estes fatores. Se não despertarem interesse, não forem agradáveis e confortáveis, certamente a chance de perder matrículas é grande.

Como conclusão, vale destacar que o ambiente escolar deve despertar a autonomia e o prazer na busca pelo conhecimento.

A sala de aula não deve ser apenas quatro paredes, um professor e alunos dentro. Este lugar deve despertar a criatividade e um sentimento de encantamento.

Por fim recomendamos que, o gestor escolar, assim como o diretor pedagógico, os coordenadores, professores e alunos estejam envolvidos na decisão de compra do novo mobiliário escolar a fim de conciliar as necessidades de todos.

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